samedi 26 mars 2011

A cultura-mundo (Lipovetsky/Serroy)

Com a companhia de 2 livros retornei de São Paulo. Um deles ainda não tive o prazer de folhear.

Mas neste aqui encontrei alguns parágrafos que retratam a possibilidade de resposta a algumas interrogações comuns a todos nós que trabalhamos com Educação.Decerto que o teor do livro põe em cheque não só a Cultura -mundo, mas principalmente o sistema francês de políticas públicas sobre cultura, educação, urbanismo etc.
Cia. das Letras

O livro contem 05 partes e como sempre escolhi a Introdução e a última parte para leitura em tão curto espaço de tempo.

1 A Introdução se subdivide em : A era da cultura-mundo, Unificação e desterritorialização, A desorientação cultural, A desforra da Cultura

2 A cultura como mundo e como mercado
3O mundo como imagem e como comunicação.
4 A cultura mundo como mito e como desafio

5 A cultura mundo como civilização.


Os autores definem como Era Hipermoderna a atual, já que transformou o relevo, o sentido, a superfície social e econômica da cultura, ou seja, "a cultura tornou-se um mundo cuja circunferência  está em toda a parte  e o seu centro em parte alguma."
Apresenta-se assim aos olhos dos autores uma cultura que dissemina-se com a tecnociência, com o mercado, com o indivíduo, com as mídias e o consumo pondo em jogo questões globais como ecologia, imigração, crise econômica, terrorismo, miséria ... etc

Distingue historicamente  3 grandes eras: as primitivas com suas relações de clãns,  a era da Modernidade  portadoras de valores de igualdade, liberdade etc
 E  a hipótese de uma terceira era que se estabeleceu há 3 décadas, quando os grandes contramodelos de sociedade perderam a sua credibilidade, quando a supervalorização do futuro cedeu lugar a superinvestimento no presente e a curto prazo.Porém ocorrendo uma revitalização das identidades coletivas .
Quando o ciberespaço se tornou instrumento primordial de relacionamento com o mundo.
Sua característica principal é a abundância de informações e imagens e ofertas de marcas, alimentos, festivais, músicas, quando o consumidor tem à sua disposição escolhas diversificadas.
A espiral da diversidade das experiências consumistas é o que designa a Cultura-mundo, comprimindo o tempo e encolhendo o espaço.
As sociedades primitivas sempre tiveram seus medos e angústias, já na era moderna das democracias, estas nunca deixaram de ser abaladas  por crises e tragédias políticas, mas que ocorriam lateralmente as promessas de um futuro diferente. A derrocada dos sistemas ideológicos e políticos constituem um dos vetores para o que os autores chamam de desorientação.
Neste cenário de incerteza está a cultura-mundo.
Na pg 21 encontramos a seguinte questão: E não é no estado de confusão em que estamos mergulhados que está o princípio da volta às boas graças da Filosofia ou da religião...?
Complementa que não estamos mais contemplados com a raridade do saber e sim com a abundância de informação.
Cita que de Rousseau a Nietzsche, de Tocqueville e Heidegger nunca se deixou de falar no mal estar da civilização.
Na modernidade o que estava em jogo era a luta de classes e as relações de produção e a Cultura era secundária. E que no momento atual a cultura é uma aposta importante para a vida econômica.
E que este retorno à cultura deve ser visto como oportunidade para o futuro.
Não se trata pois de "mudar o mundo"mas sim de "civilizar a cultura-mundo".

O teor da Introdução é este aqui, em outra postagem, seguirá a parte mais interessante.



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